quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Caminhos de Restituição





“Respondeu-lhe Jesus: Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” Jo 11.40




Planejamento, empenho, dedicação, várias são as virtudes impregnadas no percurso da vontade, no desejo à satisfação ou realização de metas, de projetos.


Sempre as oportunidades de boa sucessão passam pela gente, e nem sempre discernimos o que aquela semente poderia nos fornecer num tempo oportuno.

Não obstante vivemos uma vida de altos e baixos, até porque temos uma natureza de falha consciente que faz parte de um processo de crescimento do nosso caráter.

Muito açúcar em nossa alimentação faz mal, mas ausência do açúcar também, para o sal da mesma forma, ou seja, o termo chave é “equilíbrio”.

O que nos aponta para um nível de equilíbrio é um caminho chamado “caminho do entendimento”.

“Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio; de outra forma não se sujeitarão.” Sl 32.9

“Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento; “ Pv 3.13

“Deixai a insensatez, e vivei; e andai pelo caminho do entendimento.” Pv 9.6

Jô foi um homem que escolheu andar nesse caminho. Provou felicidade em todas as esferas almejada por nós homens. Tinha uma família linda, abençoada, bem sucedido profissionalmente, próspero em todos aspectos.

Toda essa conquista fornecida por andar num caminho chamado caminho do entendimento.

Um homem reto que se desviava do mal, e o mais importante, mantinha a sua postura mesmo quando longe dos olhos humanos. Isso se chama “Integridade”. O próprio Deus testemunhava a honestidade de Jó (que coisa linda ein...).

Esse testemunho na vida de Jô não o imunizou das incertezas da vida, dos apuros momentâneos, e de tragédias familiares, profissionais e emocionais. Não o imunizou!

Instaurou-se uma tragédia na vida de Jó. Suas conquistas foram de “água abaixo”, luto familiar e sua saúde foi perdida.

Será que o mesmo caminho do entendimento que levou esse homem a ser bem sucedido, não poderia levar esse homem a resgatar essa conquista? A resposta é NÃO!

Por quê? Porque o caminho do entendimento te leva para um nível alto, no entanto trata-se de um nível natural.

Entendimento e fé andam juntos, porém não se casam!

O caminho da fé te condiciona para um nível sobrenatural.

Certa vez um pregador falou que se fossemos a um sítio, e víssemos um pássaro numa árvore cantando, ou um gado no pasto mugindo, seria algo natural.

Mas a partir do momento que houvesse um boi no galho cantando, ou um pássaro no pasto mugindo, isso seria sobrenatural.
Num nível natural, um homem caminha com entendimento e chega a lugares altos, de boa sucessão. Agora esse mesmo homem na sarjeta, sem moral a beira da morte, precisa trilhar outro caminho para resgatar tudo que foi exterminado.

O caminho de restituição é um caminho sobrenatural, é um caminho de fé!

Abraão e Sara receberam uma promessa de uma grande família, e em determinado momento, Abraão habitou numa terra em que Sara foi retida por abimeleque.

Qual seria o “entendimento” que Abraão tinha dessa situação?
Recebeu a promessa de uma grande família, sendo que sua mulher tem problemas para gerar filhos, está avançada em idade, e o pior, está nos braços de outro...
O caos estava instaurado na vida de Abraão, mas ao mesmo tempo, Deus estava fazendo umreboliço no palácio de Abimeleque. Enquanto esse
homem não restituiu Sara a Abraão, ele não teve sossego.
Abimeleque restituiu Sara, junto de ovelhas, bois, prata... Enfim, a restituição divina sempre vem da melhor forma, “com juro, multa e correção”, mas ela só acontece para aqueles que trilham um caminho mais alto que o caminho do entendimento. Muitas vezes é preciso se abdicar do caminho do entendimento, e isso doe.

Jó recebeu tudo em dobro e Abraão é chamado de pai da fé, porque andaram no caminho do sobrenatural, no caminho da fé.

Às vezes restituição não acontece porque não há um “divórcio” da fé com seu entendimento. Vai querer entender o por quê? Tenha fé incrédulo!

Maria e Marta tinham uma palavra de Deus: “Que a enfermidade de lázaro não era para a morte, mas para a Glória de Deus”.

Mas todos nós temos um sério problema de relacionamento com algo chamado tempo. Deus não tem esse problema, pois Ele é dono do tempo, Ele cria o tempo.
O tempo mata o entendimento. Às vezes ele é preciso para que a fé se divorcie do entendimento.
Mesmo diante de uma palavra de Deus, eles enterraram Lázaro, por isso Jesus chorou.

Quantas vezes enterramos aquilo que foi uma palavra, uma promessa de Deus na nossa vida?

Quando Jesus ordenou que abrisse o sepulcro, Ele estava dizendo: “Deixem o entendimento, sai do caminho do entendimento, porque esse caminho é natural. E o que Eu vou fazer é sobrenatural”.

Fé não se casa com entendimento!

Pelos caminhos da fé, Jesus restituiu a Lázaro à vida!

Você precisa ser restituído? Em qual caminho você tem andado?

Que Deus nos abençoe!

Um abraço,

Claudio